sexta-feira, fevereiro 09, 2007
A RAZÃO DE UM TRABALHO
1.O FADO E AS SUAS RAIZES LISBOETAS E VADIAS - CANTADO NAS RUAS E RUELAS, DURANTE AS CEGADAS, PELOS MALANDROS, RUFIAS E MULHERES DE VIDA FÁCIL QUE SE FAZIAM ACOMPANHAR PELOS JANOTAS, E TAMBÉM, POR GENTE FINA E ARISTOCRÁTICA – TEVE NA SEVERA A SUA “MÃE” E EM AMÁLIA UM EXPOENTE NA TRANSFORMAÇÃO DESSA ”ESTRANHA FORMA DE VIDA” QUE, COM A SUA GARRA E A “SUA” POESIA, O GUINDOU AOS PALCOS MAIS FAMOSOS DO MUNDO, LIBERTANDO-O DO MOFO EM QUE O ESTADO NOVO O COLOCARA.
2.IRÁ SER REALIZADA UMA BROCHURA E O PATRONO DA NOSSA ESCOLA, O ALMIRANTE GAGO COUTINHO, ONDE QUER QUE ESTEJA, DEVERÁ FICAR MUITO CONTENTE COM A PROJECÇÃO QUE O SEU NOME IRÁ TER NO FINAL DESTA EMPENHADA OBRA.
Gago Coutinho
Aos 16 anos ingressa na Escola Politécnica para preparar a sua entrada na Escola Naval, um ano depois. Em 1896, como responsável de navegação do transporte Pero de Alenquer, apaixona-se definitva-mente pela ciência da navegação, a qual acabará por desenvolver. Em 1898, já reconhecido como promissor geógrafo, inicia os seus trabalhos de cartografia colonial, num dos quais conhece Sacadura Cabral.
Esteve na delimitação da fronteira luso-holandesa em Timor, em Moçambique, em Angola, fechando os seus trabalhos de geógrafo em S.Tomé, corria o ano de 1918. Após essa data desperta o seu interesse pela navegação aérea que o irá conduzir à invenção de um horizonte artificial para o sextante, tornando este um instrumento eficaz da navegação aérea. As viagens de 1921 para a Madeira e 1922 para o Brasil, conjuntamente com o seu amigo Sacadura Cabral, irão comprovar o brilhantismo de Gago Coutinho. Depois da morte do seu companheiro e amigo, dedicou-se à investigação histórica das viagens marítimas, até ao seu falecimento, com 90 anos, a 18/2/1959. Nesse período fora alvo de variadíssimas homenagens nacionais e interna-cionais, sendo promovido a Almirante já depois de reformado - facto inédito na Armada.