quinta-feira, outubro 26, 2006

 

A ASSEMBLEIA DA CRIANÇA


A Oficina do Pensamento, hoje pela manhã, acompanhou duas alunas do nosso Agrupamento, a CAROLINA FONSECA, do 5ºD e a SUSANA FARINHA, do 4ºA da Escola EB1 101, ao primeiro Plenário da Assembleia da Criança (AC) que teve lugar no Fórum Lisboa, Av. de Roma nº14.

A Assembleia da Criança é uma iniciativa da CML, Pelouro do Vereador Lipari Pinto e é constituída por 80 deputados e mais 1 presidente.

Neste Pelouro, de acordo com aquilo que nos informou o seu adjunto, Jorge Nuno Sá, criou-se um espaço para proporcionar às crianças de Lisboa a apresentação de propostas que, no seu entender, possam contribuir para a melhoria das suas vidas nas mais diversas vertentes:



Só poderão participar crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos.

Hoje, esta primeira reunião teve lugar nas instalações da Assembleia Municipal de Lisboa e pediram-nos para lá comparecermos por volta das 09H30. Porque chovia muito foi complicado cumprirmos o horário.

Quando chegámos, já encontrámos algumas crianças e respectivos acompanhantes. Fomos logo abordados por um funcionário da CML que nos informou que tinhamos chegado demasiado cedo. De facto tal veio a verificar-se pois a Srª Presidente da Assembleia Municipal, Paula Teixeira da Cunha e o Sr. Presidente da Câmara, Carmona Rodrigues, só chegaram ao "foyer"por volta das 10H23.

Aquela hora era já notória a agitação e insatisfação das crianças pelo tempo de espera e, diga-se de passagem, que não é com procedimentos desta natureza que poderemos ensinar e exigir cumprimento da pontualidade às crianças.

Já quando da reunião de preparação que decorreu no Palácio dos Machadinhos, os organizadores fizeram esperar os professores convidados quase três quartos de hora.

Se na CML se pode chegar atrasado sem que haja reflexos para os funcionários - e há imensos exemplos disso - nós nas Escolas somos controlados ao minuto e as crianças também aprendem a ser pontuais.

Este procedimento de dois altos responsáveis da CML e da Assembleia Municipal (AM) deu um péssimo exemplo aos mais novos.

Por outro lado, quando a sessão teve início e já passavam 35´ da hora aprazada, uma senhora assessora do Presidente da Câmara, leu uma história engraçada e com linguagem acessível aos mais novos.

Contudo, quando o Presidente da Câmara discursou, assim como o Sr. Vereador Sérgio Lipari Pinto, foi utilizada linguagem um pouco rebuscada e com termos pouco habituais e desconhecidos da maioria dos alunos ali presentes. Denotou-se pouca atenção na preparação de reunião.

O início dos trabalhos teve lugar com a intervenção da Srª Presidente da Assembleia Municipal e , pelos convites formulados a determinados alunos de dois Agrupamentos, desde logo se notou que já teria havido, com alguns dos Agrupamentos presentes, um prévio arranjo na metodologia de desenvolvimento da reunião.

A nossa aluna Susana Farinha que era portadora de uma mensagem não conseguiu lê-la.

Mais tarde pediu-se às crianças que aprovassem, de braço no ar, o Regimento da Assembleia - documento que estava na mesa, em frente de cada uma delas, mas sem que ninguém, antes, explicasse o que era, de que se tratava e para que servia - nem sequer esclareceram, correctamente, como seria votar a favor, votar contra ou abster-se.

Perdeu-se aqui uma boa oportunidade de, pedagogicamente, se ensinar a estar numa assembleia e a utilizar a democracia parlamentar.

Claro que foi uma confusão controlada e só não foi pior porque havia Escolas que já tinham tido conhecimento prévio do que se iria passar e cujos professores, momentos antes, entre as filas da sala, ilucidavam os seus alunos sobre o modo de procederem à votação.

Depois apareceram duas listas à votação, a A e B, que muita gente não percebeu como foram constituídas e porque o foram desse modo e não doutro. Destas listas pretendia-se eleger um grupo de crianças para o denominado GABINETE DA CRIANÇA, que mais não é que o orgão consultivo, entre Assembleias, e que se pretende venha a dar pareceres sobre determinados projectos de planeamento para Lisboa.

Após a contagem dos votos ganhou a lista A com 50 votos, tendo a lista B obtido 29 votos.

Curiosamente o Agrupamento de Escola Eugénio dos Santos que havia apresentado uma moção no início dos trabalhos, está incluído nesta lista A que venceu.

Este GABINETE DA CRIANÇA, constituído por 10 elementos, reunirá uma vez por trimestre.

Após esta eleição a Srª Presidente da Assembleia Municipal, deu por encerrados os trabalhos e convidou as crianças a passarem ao "foyer" a fim de ali poderem tomar um pequeno lanche.
Terminado este regressámos às nossas Escolas e ao trabalho quotidiano.

Ao terminar esta reportagem queremos realçar o óptimo comportamento das duas alunas que nos representaram e que deverá servir de exemplo para todos aqueles que ainda pensam que o trabalho na Escola é anarquia.

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